E mesmo assim não dizer nada
Uma palavra nasce e morre
Outras fogem em debandada
As palavras são belas todas?
Todas, parece que sim!
Mas olhemos esta verdade agora
Eu
prefiro-as de cetim.
Sou como um alquimista fechado
E encerrado num salão escuro
Que a essas mesmas palavras de ouro
lhes oferece quase tudo.
Trato-as com carinho e primor
E ainda lhes sussurro na escuridão
outras palavras de amor,
E aqueloutras de solidão.
E elas sozinhas ganham vida
Em bocas, cartas, papéis
E há quem não vos diga
Aquilo que eu bem sei
Que se elas forem desordenadas
Ganhariam ainda mais beleza
Enchendo de alegria e tristeza
Este poema e outros também.Diogo de Ataíde
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