Gosto de escrever ao entardecer
E não há melhor hora para
se sentar
Num banco de jardim e
derramar
O sentido deste meu insólito viver.
Chegam então à minha
mente descrente
Sussurros de aquém e
do além
Como um fantasma que
fala tão bem
Que chego a pensar
que é gente.
E assim escrevo sem o
mínimo de tédio
Convertendo a minha pessoa
num “médium”
Que vai exprimindo um
“eu” qualquer.
E desse jeito vão
surgindo muitas linhas
As quais ao mesmo
tempo são minhas
Assim como tuas se as
quiseres ler.
RS
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