quarta-feira, 26 de maio de 2021

TANTO TEMPO

 

Tanto tempo sem ti e sem sequer escrever

Que até as folhas brancas estao zangadas comigo

As palavras ja me consideram um mortal inimigo

E eu assustado, já nem sei o que é viver.


Sou um escritor, sei lá, mil vezes falhado

Uma espécie de criador ou idiota estragado

que sabe fazer de conta que sabe sonhar

quando não sou amado e só desejo amar.


Voltei, sim, voltei neste e em tantos outros momentos

mergulhado, como sempre, nestes e noutros sentimentos

perdidamente apaixonado pela magia desta oraçao.


E então quero deixar-me embalar, navegar e voar

Nas ondas do meu e do teu límpido cantar

Para refrescar-me na seiva da nossa ilusao.

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