Divina
poesia, confissão do além
Nestas
linhas sou apenas aquilo que sei,
Rei,
senhor, escravo, lenda, aonde irei?
Não
tenho ideia nem vejo quem a tem.
Sou
tudo menos eu, aqui e noutro lado
Noutra
era e noutro tempo sem paixão,
a
não ser dentro de um grande coração
Ou
num espírito de quem nunca foi amado.
E
eu não posso viver aqui e agora,
se
não tiver pintado esta bela aurora
de
esperança e desejo de viver feliz.
E
essa loucura só me ocorre a mim
Que
moro preso numa alma de cetim
Sem
ter direito a morrer de raiz.
Damián Botafogo(RS)
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